quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Ensaio sobre a Ansiedade



A noite não foi tranquila, acordei de madrugada, já quase no início da manhã, era por volta das cinco, o sol ainda não tinha nascido, comecei a viajar em pensamentos na minha cama, e em meio aos meus devaneios, cheguei a conclusão de que ninguém morre, suspirei, queria voltar à dormir, abri a janela e vislumbrei o céu plúmbeo que ensaiava uma leve chuva matinal. Voltei a me deitar, fechei meus olhos para melhor me observar, é impressionante como as perspectivas mudam e hoje eu sou o que restou da pessoa que fui, fico contente em notar que me aprimorei, mas ainda me falto. Chego à conclusão que, embora a morte não exista, o tempo segue sendo cruel, e cicatrizes marcam minha vida.
Na verdade a morte é para o morto apenas um sono entre esta e a vida eterna, mergulhada em epifania, eu concluo que um dia fecharei os olhos e acordarei em outro lugar, talvez não terei mais meu corpo, mas minha alma permanecerá, rio-me ao notar que é a alma que possui o corpo, será que neste outro plano terei a mesma aparência de meu rosto? Será que também darei o melhor de mim aos outros?
E agora ao final, te revelo algo surreal, iniciei um ensaio e contei mais uma história de ficção. Quanto cabe de ilusório na cabeça e no coração? O tedio me arrasta pela vida, sinto o cansaço que anuncia a falta de alegria. Não sei se sempre serei incompreendida, e na verdade isso nem importa, suspiro e após lavar o rosto me olho no espelho, os meus sonhos todos me encaram, eu os encaro de volta. Chego à conclusão que não sou triste nem feliz, sou solitária e repleta. Percebo que nunca morrerei, apenas viajarei, mas antes do meu destino final, ainda existem coisas que precisam de um toque especial.

Devaneios de uma mente ansiosa



Conheço minha ansiedade à ponto de entretê-la, por isso quando ela chega me recluso num quarto escuro, em um tipo de casulo, esperando que desta vez a dor não seja tão intensa assim. Pareço demasiadamente frágil, mas meus punhos cerrados estão sempre prontos para minhas internas lutas. Existem dias que eu estou pronta para enfrentar um dragão alado, existem outros que uma simples nuvem escura me faz desistir e aí eu choro, e em meio ao meu choro oro, bem baixinho, para que Deus não se esqueça de mim. Só imploro para que eu logo adormeça, antes que a madrugada chegue e bagunce mais minha cabeça.
Sei o que sinto, não preciso de conselhos, eu me conheço, e sei que nestes momentos não há distração que me faça melhorar. Fecho os olhos e observo meu interior, vejo-me de fora com a convicção que seria alguém melhor sem um coração, mas gosto de sentir a pulsação, por fim começo a me reconhecer, sou a mulher que matou o charme, sou aquela que disse as palavras certas na hora errada, aquela que errou o timing, sou aquela que deixou as palavras realmente certas guardadas. Então calo-me, observo-me, resguardo-me. Sou ao mesmo tempo tudo e nada. Sou o interlúdio da canção antiga cantarolada. Eu não sou mais aquela que você conheceu. O céu anuncia uma nova “eu”, com mais clareza do que eu poderia imaginar. É chegada a hora dos demônios, seria melhor se eu não estivesse acordada, preferia estar perdida em sonhos enfadonhos, ouvindo o barulho da chuva que ainda não chegou. Grito em meu interior: “Durma logo, é tarde, mas ainda é muito cedo para falar de amor! Então durma antes que a madrugada amanheça, durma e descanse, antes que outro dia te enfraqueça!".

Hoje falei de ti...

Hoje falei de ti para a lua
Contei nossa história inteira
Falei do sentimento sem fronteira
E de como foi mágico ser tua.

Hoje falei de ti para a lua
Contei também para as estrelas
Descrevi de forma verdadeira
Enquanto caminhava pela rua

Você foi de um livro antigo
A página mais magnífica
Foi o poema mais bonito

Mas seguiremos com a escrita
Desta vez como bons amigos
Sem nunca perdermos a magia!

Novembro sem você


O dia está indo embora, o céu se colore de cinza e a noite aparece sem você, calada em meu quarto, choro por você em silêncio, essa dor me mata aos poucos, não posso suportar, e as horas ainda me falam de você, nos devaneios de minha mente, escrevo sobre você outra vez!
Gostaria de te encontrar e viver novamente aquele mágico momento, foi somente um encontro, mas teu nome ficou gravado em minha pele, já é madrugada e penso em você outra vez! Porque sinto sua falta desde nosso único encontro, quando achei que nosso primeiro beijo era para sempre, me dói o frio deste novembro quando, na estação, as folhas caem morrendo para sempre!
Mas novembro sem você é ouvir quando a chuva me conta chorando que tudo acabou, novembro sem você é pedir para a Lua brilhar na noite de meu coração novamente. Novembro sem você é meu agridoce sofrimento, mas eu quero acreditar que é apenas um mal momento, por isso rezo para o final deste mês, para que finalmente te esqueça em dezembro.

Espero que se lembrem de mim...

Espero que contem minhas histórias com uma xícara de chá ou café na mão, espero que a fervura da água aqueça tal tipo de reunião.
Espero que elogiem o meu largo sorriso e minha prestatividade mais do que minha inteligência, espero que se lembrem que a verdade vale muito mais do que qualquer vaidade. No final somos pura resiliência!
Espero que se lembrem também dos meus sonhos, pois nunca tive medo de sonhar, e de como um dia almejei ir além das minhas limitações, mesmo correndo o risco de não conseguir chegar!
Espero que nesta reunião de leitura, em meio aos meus contos e poesias, se lembrem de como eu exalava magia, não somente em linhas, mas em todas as vivencias que eu tinha.
Espero que se lembrem de como eu tinha o vocabulário sempre certinho, mesmo colocando algumas gírias pelo caminho, de como eu sempre dava importância para datas, coisas supérfluas, que para muitos não valem nada, mas para mim eram mágicas.
E que nunca se esqueçam dos meus tropeços e minha distração, espero que se lembrem da minha frase favorita, “só se vê bem com o coração” (se puderem leiam “O Pequeno Príncipe” em sua próxima reunião).
Espero que saibam valorizar as pessoas, mais que os números, assim jamais irão esquecer que o que realmente importa é o conteúdo.
Não quero que sofram por mim, mas espero que, se acaso sofrerem, meus escritos tragam conforto e esperança, espero que se lembrem que nunca é tarde para a mudança.
Espero que, quando eu não estiver, conservem um tempo especial para lembrarem algum momento surreal, espero que sejam gratos, pois existem pessoas que enchem nossa vida de cor!
Espero que se lembrem que, em meu caminho, eu sempre escolhi o amor!

Bem vindo Paulinho

Enfim aconteceu tua chegada!
Achei que a espera não teria fim!
Mas você chegou como alvorada,
ascendendo o sol que habita em mim!

Teu olhar me deixou de mãos atadas,
tua inocência era como alecrim,
uma flor do campo, simples assim.
Tua magia me deixava encantada!

Quero logo ter você à mim juntinho,
com teu sorriso resplandecente,
e a ternura eterna de menino...

Você me conquistou simplesmente!
Seja bem-vindo meu doce Paulinho!
Te amaremos eternamente.

Breve Poesia

Quando sentir saudades

me procure em uma constelação

De lá, direi com felicidade,

que estarei contigo em seu coração.